O nome da aldeia renascer traduz sua missão e sua história. Composta por famílias das etnias tupi guarani e guarani mbya, a comunidade ocupa um território de 2.500 hectares em ubatuba que, até o final dos anos 90, era uma mineradora. Hoje, esse espaço de terra está em recuperação, e o povo indígena é o guardião de um processo de cura ambiental e cultural. O coletivo, com suas 90 pessoas, resiste e se fortalece através de ações que reforçam o modo de vida tradicional e protegem a floresta que está de volta.

As ações da associação são uma ode à vida e à biodiversidade. a comunidade realiza a recuperação da floresta e da biodiversidade através do plantio de mudas nativas, cultivadas por eles mesmos. Esse trabalho manual e de conexão com a terra é feito de forma coletiva, unindo as duas etnias em um esforço comum. Ao mesmo tempo, a aldeia fortalece a cultura e a identidade com cantos, danças e a preservação da língua materna. O turismo de base comunitária (tbc) complementa esse ciclo, sendo uma ferramenta para a sustentabilidade econômica e para que os visitantes possam testemunhar a potência da resistência indígena.

O apoio recebido do funbea tem sido fundamental para a continuidade dessas ações. O recurso permite que o coletivo mantenha e amplie a recuperação da floresta, assegurando o plantio de mais mudas nativas e o fortalecimento de seu modo de vida tradicional. Ao investir na aldeia renascer, o FUNBEA apoia um modelo de resistência que usa o conhecimento ancestral não apenas para sobreviver, mas para restaurar um ecossistema inteiro e, com ele, a esperança de um futuro mais justo.

A aldeia renascer é um testemunho vivo da resiliência indígena. Em um mundo onde territórios são frequentemente explorados e culturas são silenciadas, o coletivo demonstra que o re(nascer) de um povo e de sua floresta são atos de justiça social e climática que reverberam muito além de suas fronteiras.