Quilombos do Itamambuca: Resgate cultural e fortalecimento institucional na Mata Atlântica

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No Sertão do Itamambuca, em Ubatuba, a Associação dos Remanescentes de Quilombo trabalha para resgatar e fortalecer sua identidade. Com uma rica história de resistência e saberes ancestrais, a comunidade busca, por meio de ações culturais e do turismo de base comunitária, garantir a transmissão de sua herança e a proteção de seu território. O apoio recebido é crucial para fortalecer a estrutura da associação e dar o suporte necessário para que a luta cultural avance.

O trabalho do coletivo é vibrante e voltado para a preservação da memória. Através de rodas de contos, danças, e do resgate da roça tradicional, a comunidade ensina e celebra suas raízes.

Um grupo ativo de mulheres, jovens e crianças é o motor dessas iniciativas, garantindo que o conhecimento ancestral não seja perdido, mas sim adaptado e enriquecido para as novas gerações. A associação também desenvolveu um trabalho sólido com o turismo de base comunitária (TBC), uma forma de gerar renda e compartilhar a cultura quilombola com autonomia e soberania.
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Com o apoio do FunBEA, por meio da Chamada Pública Justiça e Educação Climática, a associação está dando um passo importante em sua consolidação. Os recursos estão sendo utilizados para cobrir despesas básicas da sede e, o mais significativo, para a contratação de um contador e de uma assessoria jurídica. Esse suporte técnico e legal é fundamental para a defesa do território e a mediação de conflitos, garantindo a segurança e o reconhecimento de seus direitos.

Além do fortalecimento institucional, o apoio também impulsiona diretamente o resgate cultural. O coletivo destinará recursos para a dança afro e os cantos populares, além de promover cursos de culinária, costura e arte, com foco na capacitação de jovens e mulheres.

O trabalho da associação mostra que a cultura e a luta por direitos caminham juntas. Ao fortalecer a estrutura jurídica e administrativa, o coletivo cria as condições para que suas práticas culturais e econômicas, como a roça tradicional e o TBC, continuem a prosperar, assegurando um futuro onde a identidade quilombola é valorizada, protegida e transmitida.