O cultivo da resiliência no Sul da Bahia: Mulheres e jovens florestam o futuro na Mata Atlântica

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No coração da mata atlântica baiana, em um assentamento rural no município de ibirapitanga, um viveiro agroecológico floresce como um farol de resiliência e independência. gerido por um grupo de mulheres e jovens, o viveiro dois riachões não é apenas um espaço para o cultivo de mudas nativas e frutíferas; é um centro de saberes ancestrais e práticas sustentáveis que fortalece a comunidade e impulsiona a restauração de áreas degradadas na região.

Com a capacidade de produzir até 30 mil mudas, o viveiro nasceu para atender a uma necessidade real dos agricultores locais: implantar sistemas agroflorestais (safs) que promovem a diversidade, o equilíbrio e a autonomia, reduzindo a dependência de insumos externos. para a agricultora teresa santiago, que integra o grupo, o projeto é um reflexo do compromisso coletivo.

“A ideia do viveiro surgiu quando se pensava em implantar os safs nas áreas de assentamento, com o propósito de produção de mudas para os camponeses”, explica.

mulher sentada
reprodução Tabôa

A gestão do viveiro é conduzida por meio de mutirões, onde o conhecimento é compartilhado na prática. as atividades, que incluem a confecção de biocalda e substrato, têm um duplo propósito.

“Essas atividades têm o objetivo de garantir uma muda saudável, além de gerar renda para esse público”, complementa teresa. o trabalho não só assegura a qualidade das plantas, mas também capacita os jovens e mulheres, garantindo que o ciclo de conhecimento e prosperidade continue.

O viveiro tem se tornado um espaço de inovação e aprendizado. as famílias agricultoras são incentivadas a produzir suas próprias mudas e a dominar as técnicas de manejo, além de coletar sementes de árvores nativas. essa ação coletiva contribui para a restauração e a preservação da mata, o fortalecimento comunitário e a geração de renda. até o momento, a produção de 10 mil mudas já atendeu as famílias do assentamento e outras cinco mil foram comercializadas, mostrando o potencial econômico e sustentável da iniciativa.

mulher e plantas dentro do viveiro
reprodução Tabôa

Para que o projeto se tornasse realidade, o grupo contou com o apoio da tabôa fortalecimento comunitário, que forneceu recursos financeiros diretos e suporte técnico. O investimento inicial permitiu a instalação do viveiro e a aquisição dos insumos essenciais, além de oferecer capacitação, como um curso de coleta de sementes, que foi fundamental para impulsionar o trabalho. Esse apoio demonstra o papel crucial da filantropia em fortalecer soluções locais que, como o viveiro dois riachões, plantam um futuro mais resiliente e justo para todos.