Cada semente cultivada é um ato de resistência e um pacto com o futuro.

No extremo norte do Mato Grosso, a ocupação desordenada da floresta amazônica e territórios de comunidades indígenas sofrem com o cultivo não sustentável da soja, o garimpo ilegal e com a pecuária. O desmatamento e a exploração madeireira desenfreada geram impactos significativos para essas comunidades que dependem do cultivo tradicional para sua subsistência. Esse processo já comprometeu áreas de preservação de terras indígenas e recursos hídricos.
Todas essas atividades impactam diretamente diversas comunidades e seus impactos são ampliados pelas mudanças climáticas, principalmente a escassez de chuvas, comprometendo a segurança alimentar e o plantio tradicional do roçado.
É nesse cenário que o Instituto Amazonas resiste e fortalece suas raízes. O crescente impacto das mudanças climáticas faz com que esse desafio em busca de soluções seja cada vez mais urgente. Ao conectar práticas agroflorestais ao conhecimento ancestral indígena, eles constroem métodos inovadores que não só mitigam os danos nas comunidades indígenas mas também podem ser replicadas em centros urbanos, contribuindo para a biodiversidade das cidades, a restauração do solo e reduzem a emissão de carbono.
“O plantio de mudas nativas e a restauração de áreas degradadas, localizadas nas terras indígenas, estão contribuindo para a regeneração da biodiversidade e a melhoria da qualidade do solo e da água. As agroflorestas urbanas, as roças tradicionais e os quintais frutíferos estão garantindo acesso a alimentos saudáveis, preservando práticas agrícolas ancestrais e promovendo autonomia alimentar e fortalecendo a segurança alimentar.” afirma, um representante do Instituto.

Com o apoio do Fundo Luz Alliance, em parceria com a BrazilFoundation, essas práticas vêm se tornando sementes de transformação. O Instituto Amazonas desenvolve diversas iniciativas e metodologias de mitigação, ao lado de comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia, especialmente junto às mulheres e jovens na cidade de Colíder.
As mulheres são as mais afetadas pelas mudanças climáticas, por isso, elas precisam ser as protagonistas nas proteções dos nossos biomas e na Amazônia não seria diferente.
Mais de 270 pessoas já foram beneficiadas por ações que vão além do cultivo: é um fortalecimento da autonomia econômica e social das mulheres indígenas e ribeirinhas. Através de oficinas e treinamentos, essas pessoas ampliam seus saberes tradicionais com educação ambiental e capacitação, metodologias de sustentabilidade, práticas ecológicas e o engajamento na proteção ambiental.
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